quarta-feira, 28 de março de 2012


Vitamina D
A gente não cansa de ouvir e ler que a receita para uma vida longa e cheia de saúde deve incluir uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física, sono em dia e cuca fresca. Hoje, porém, muito cientista sério acrescentaria a essa lista banhos de sol diários. Nem muito extensos nem muito curtos: bastam 15 minutos para que os raios solares ativem no organismo a produção de uma substância capaz de fortalecer os ossos, deixar as defesas em ponto de bala, preservar a massa cinzenta e garantir que o coração bata forte por anos a fio. 
Trata-se da vitamina D, uma substância que, com tantas qualidades elencadas nos tempos muito recentes, tem despertado o interesse de pesquisadores de várias áreas - de nutricionistas a bioquímicos. Só para ter uma idéia, o PubMed, biblioteca virtual da medicina, que pertence ao governo americano e armazena artigos científicos de todo o globo, registrou no ano passado mais de mil estudos sobre funções recém-descobertas dessa molécula. E ela é muito mais importante do que se desconfiava. 

Boas doses de vitamina D são, ainda, sinônimo de peito forte. Isso porque ela controla as contrações do músculo cardíaco, vitais para o bombeamento de sangue. Sem contar que, em níveis desejáveis, mantém a pressão arterial em dia. A razão é simples: inibe lá nos rins a síntese de renina, uma enzima envolvida na secreção de um hormônio que faz a pressão disparar. Por falar em hormônio, a insulina, que bota o açúcar para dentro das células, é mais uma substância que depende da ação adequada da vitamina D. "Ela estimula o pâncreas a produzi-la", diz Lígia Martini. De quebra, a vitamina torna a insulina mais sensível ao açúcar. Assim, taxas reduzidas podem estar relacionadas à síndrome metabólica, que engloba hipertensão, obesidade, colesterol ruim elevado e resistência insulínica. 
No caso do câncer, desconfia-se que a vitamina D regule genes vinculados à proliferação celular na mama, no cólon e na próstata. Esse batalhão genético se encarrega de outra missão: induzir o suicídio de células malignas, a apoptose. "A vitamina também comanda genes que inibem a angiogênese, a formação de vasos que alimentam o tumor", diz Marianna. Ou seja, age contra o câncer em várias frentes. "Em muitos casos, mulheres com câncer de mama apresentam uma dosagem deficiente de vitamina D", revela a oncologista Maria Aparecida Koike Folgueira, da USP. E talvez não seja mera coincidência. 
Fonte: Revista Saúde

O papel da Vitamina D na Hipertensão 

Existem muitas soluções naturais para pressão alta. Tem-se notado uma redução significativa da pressão arterial em pessoas quando elas tomam suplementos de Vitamina D. 
Veja que, sem um suprimento adequado de Vitamina D, um dos nossos genes (pequenas partes do  DNA) inicia uma produção excessiva da molécula chamada renina. A renina decompõe outra molécula, o angiotensinogênio (ou hipertensinogênio) em angiotensina I. Essa angiotensina I é convertida em angiotensina II por uma substância conhecida como enzima conversora da angiotensina (sigla ACE, em inglês). A resultante final - - angiotensina II - - é a "substância ruim" que (quando em excesso) causa a pressão elevada. A maioria dos anti-hipertensivos patenteados mais renomados são inibidores de ACE e bloqueadores dos receptores da angiotensina II (ARB, em inglês). 
Mas a Vitamina D faz um trabalho melhor que esses medicamentos, pois ela ataca o problema no seu nível genético mais básico. Na sua forma totalmente ativada, a Vitamina D "convence" o gene que controla a produção de renina a tornar-se menos ativo. Quando cai a produção de renina, cai a produção dos "intermediários" citados acima, e o resultado final é menos angiotensina II e pressão sangüínea mais baixa. Isso significa que uma coisa tão simples como a suplementação de Vitamina D pode tornar desnecessários os inibidores de ACE (e os bloqueadores ARB). 
Embora seja possível ocorrer uma ingestão excessiva de Vitamina D, pesquisas recentes têm reavaliado o limite máximo seguro dessa vitamina. E muitos especialistas hoje em dia concordam que esse limite é 10.000 UI diárias. 
Se você quiser tentar a abordagem do "nível ideal de Vitamina D" para reduzir sua pressão, o melhor é sempre trabalhar em conjunto com o seu médico para monitorar o nível da Vitamina D no sangue. E seja paciente: geralmente leva de dois a três meses para que mudanças significativas comecem a ocorrer, e de seis a oito meses para que a Vitamina D cause seu efeito total.  
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Fonte: Dicas de saúde do Dr. Jonathan Wright, http://www.tahoma-clinic.com/

segunda-feira, 26 de março de 2012

ESTEATOSE

esteatose hepática é uma condição do figado causada pelo acúmulo de gordura no mesmo. 

O que é esteatose hepática?



O termo hepático tem origem grega e significa fígado. Esteato é o termo que indica relação com gordura. Portanto, esteatose hepática significa literalmente fígado gorduroso ou fígado gordo. 


Esteatose hepática 
Esteatose hepática

Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, que compõe cerca de 10% do seu peso. Quando o acúmulo de gordura excede esse valor, estamos diante de um fígado que está acumulando gordura dentro do seu tecido.



A ilustração ao lado mostra as diferenças entre um fígado com pouco acúmulo de gordura e um figado esteatótico. Reparem no tamanho e na coloração amarelada do fígado gorduroso. 



Há algumas décadas acreditávamos que o acúmulo de gordura no fígado era causado apenas pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas e que a presença da esteatose era necessariamente algo danoso à saúde. Atualmente sabemos que a esteatose hepática é muito comum e pode ser causada por diversas outras condições que não a ingestão crônica de álcool.



Uma esteatose hepática leve (esteatose hepática grau 1 ou 2) normalmente não causa sintomas ou complicações. O acúmulo de gordura é pequeno e não leva à inflamação do fígado.



Quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de gordura no fígado, maiores são os riscos de lesão hepática. Quando há gordura em excesso e por muito tempo, as células do fígado podem sofrer danos, ficando inflamadas. Este quadro é chamado de esteato-hepatite ou hepatite gordurosa.  A esteato-hepatite é um quadro bem mais preocupante que a esteatose, já que cerca de 20% dos pacientes evoluem para cirrose hepática.



Portanto, a esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite, que como o próprio nome diz, nada mais é que uma hepatite causada por excesso de gordura. Cabe aqui salientar que nem todo paciente com esteatose hepática irá evoluir para esteato-hepatite. Na verdade, a maioria não o faz.



Causas de esteatose hepática 



Não se sabe exatamente por que alguns indivíduos desenvolvem esteatose hepática, mas algumas doenças estão claramente ligadas a este fato. Podemos citar:



- Obesidade . Mais de 70% dos pacientes com esteatose hepática são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco.



- Diabetes Mellitus. Assim como a obesidade, o diabetes tipo 2 e a resistência à insulina também estão intimamente relacionados ao acúmulo de gordura no fígado.



- Colesterol elevado . Principalmente níveis altos de triglicerídeos.



- Drogas. Várias medicações podem favorecer a esteatose, entre as mais conhecidas estão: corticoides, estrogênio, amiodarona, anti-retrovirais, Diltiazen e Tamoxifeno. Contato com alguns tipos de pesticidas também estão relacionados ao desenvolvimento de esteatose hepática.



- Desnutrição ou rápida perda de grande quantidade de peso.



- Cirurgias abdominais, principalmente "bypass gástrico", retirada de partes do intestino e até cirurgia para remoção da vesícula 


- Gravidez. 



Não é preciso ter alguma das condições citadas acima para ter esteatose hepática. Pessoas magras, saudáveis e com baixa ingestão de álcool também podem tê-la, apesar deste fato ser menos comum.



A esteatose hepática é mais comum no sexo feminino, provavelmente por ação do estrogênio. 



Sintomas da esteatose hepática



A esteatose hepática não causa sintomas. Normalmente, o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem, como ultrassonografias ou tomografias computadorizadas solicitadas por outros motivos.



Alguns pacientes com esteatose hepática queixa-se de fadiga e sensação de peso no quadrante superior direito do abdômen. Não há evidências, entretanto, que esses sintomas estejam relacionados ao acúmulo de gordura no fígado. Há pacientes com grau avançados de esteatose que não apresentam sintoma algum.



O que diferencia o acúmulo de gordura benigno da esteatose hepática do acúmulo de gordura prejudicial da esteato hepatite é a presença de inflamação no fígado. Ambos os quadros não costumam causar sintomas. Clinicamente é impossível distingui-los.



Graus de esteatose hepática 



Geralmente é possível quantificar a quantidade de gordura acumulada no fígado através da ultrassonografia. Os laudos costumam indicar esteatose hepática grau 1 quando há pequeno acúmulo de gordura, esteatose hepática grau 2 quando há acúmulo moderado e esteatose hepática grau 3 quando há grande acúmulo de gordura no fígado.



Essa graduação não tem muito peso, uma vez que o mais importante é a presença ou não de inflamação no fígado. O paciente pode ter esteatose grau 3 e não apresentar inflamação hepática, mesmo após 20 anos de acúmulo de gordura, o que o coloca sob baixo risco de evolução para cirrose.



Tratamento da esteatose hepática



Não existe tratamento específico para esteatose. O alvo deve ser o tratamento dos fatores de risco citados acima. A fase de esteatose pode ser reversível apenas com alterações dos hábitos de vida.



A perda de peso é, talvez, a mais importante medida. Todavia, deve-se limitar a perda de peso ao máximo de 1,5 kg por semana para se evitar uma piora do quadro. A prática regular de atividade física também ajuda muito, pois diminui o colesterol e aumenta o efeito da insulina.



Em doentes com obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção.



Deve-se controlar o colesterol, o diabetes, e se possível, trocar drogas que possam estar colaborando para a esteatose.



Medicamentos como metformina (em pacientes não-diabéticos), vitamina E e C, losartan e Orlistat (xenical) apresentam resultados controversos e ainda não há uma indicação formal para o seu uso.